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Shell prevê investir até U$$ 14 bi no Brasil em águas profundas

A anglo-holandesa Shel acompanha de perto a eleição no Brasil, onde desembolsou quase R$ 5 bilhões apenas em bônus de assinatura em leilões do pré-sal nos últimos cinco anos. No entanto, seja qual for o resultado em 28 de outubro, a empresa planeja investir entre US$ 1 bilhão e US$ 2 bilhões por ano em exploração e produção em águas profundas no país até 2025.

"Estamos sempre olhando o que está acontecendo no Brasil", afirmou Wael Sawan, vice-presidente global da divisão de Águas Profundas da Shell. "Mantemos um olho bem próximo das eleições, em parte pelos nossos negócios, mas também pela perspectiva social e da nossa equipe", disse o executivo.

Apesar da atenção especial com relação ao processo eleitoral no Brasil, considerado um dos quatro países do mundo para as atividades do grupo, a Shell manterá o plano de investimentos no país, independentemente do próximo governo. Segundo Sawan, as instituições brasileiras dão confiança para os investidores no longo prazo.

"Qualquer eleição não é o mais importante. O mais importante são as instituições. O que eu realmente gosto no Brasil, particularmente no que aconteceu na Lava-Jato, é a força das instituições judiciais. Para os investidores, isso dá confiança de que os contratos serão cumpridos. As instituições, e também a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), e o Ibama, são muito fortes e tentam fazer o melhor pelo país", afirmou Sawan.

O executivo ressaltou que a estratégia do grupo anglo-holandês para o Brasil, onde atua há mais de 100 anos, é de longo prazo.

Questionado sobre o risco de desaceleração ou até mesmo interrupção de novos leilões de exploração de áreas de óleo e gás natural, por decisão do novo governo, o executivo explicou que, nesse caso, as grandes petroleiras vão se concentrar nos ativos arrematados nas rodadas recentes do pré-sal.

"Se houver mais leilões participaremos", assegurou Sawan, acrescentando que a empresa tem interesse em participar do eventual megaleilão do excedente da cessão onerosa, mas que a decisão dependerá dos termos que serão propostos para a licitação, caso ela seja confirmada.

Questionado sobre a regulação para a atividade petrolífera no Brasil, o executivo mencionou o trabalho da atual diretoria da ANP. "Para companhias como a nossa, é importante que as regras não sejam alteradas. Porque, quando você coloca bilhões de dólares e as regras mudam, você pensa em não investir mais lá", disse, defendendo a estabilidade regulatória.

Sobre o ritmo do licenciamento ambiental para atividades petrolíferas no país, Sawan disse que a Shell priorizou investimentos nas Bacias de Campos e Santos, por serem áreas com maior conhecimento ambiental.

Observou que a companhia também levou em consideração a questão ambiental na escolha das áreas pelas quais iria competir na 4ª Rodada do Pré-Sal, em junho deste ano. No fim, arrematou a área de Três Marias, na Bacia de Santos, em um consórcio no qual tem 40% com Petrobras (30%) e Chevron (30%).
Valor Econômico




 
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