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Estatal reduz diesel e gasolina pela 4ª vez em 2020 com recuo do petróleo

A Petrobras reduzirá o preço médio da gasolina em 4,3% e o do diesel em 4,4% nas refinarias a partir desta quinta-feira, informou a companhia à Reuters, diante do recuo das cotações de petróleo, impactadas por perspectivas de que um novo coronavírus na China afete a demanda pela commodity.

Os reajustes anunciados nesta quarta-feira marcam a quarta vez em que a estatal corta os preços neste ano. Na semana passada, a empresa havia informado redução de 3% no diesel e na gasolina.

As cotações do petróleo Brent, referência internacional, acumulam queda de mais de 15% no ano, apesar de operarem em significativa alta de mais de 3% nesta quarta-feira.

Vendas de curto prazo de petróleo e gás natural liquefeito para a China —segundo maior consumidor global de petróleo— foram praticamente paralisadas nesta semana, à medida que o coronavírus reduz a atividade econômica e afeta a demanda, disseram fontes do mercado à Reuters.

A Petrobras tem reiterado que sua política para os combustíveis segue o princípio da paridade de importação, que leva em conta preços no mercado internacional mais os custos de importadores, como transporte e taxas portuárias, com impacto também do câmbio.

“Em relação ao fechamento de ontem, os ajustes da Petrobras estão de acordo com o mercado internacional… deixando uma leve janela de importação para o diesel e em zero a zero para a importação da gasolina”, disse o chefe da área de óleo e gás da consultoria INTL FCStone, Thadeu Silva.

O especialista destacou, no entanto, que a alta nos mercados de petróleo na quarta-feira, diante de perspectivas de uma vacina para o coronavírus, deixava o diesel e a gasolina com janela negativa para importação.

NOS POSTOS

O repasse dos ajustes de preço nas refinarias para o consumidor final nos postos, no entanto, não é imediato e depende de diversos fatores, como consumo de estoques, impostos, margens de distribuição e revenda e mistura de biocombustíveis.

Na semana passada, os preços médios da gasolina e do diesel nas bombas no Brasil recuaram levemente em relação à semana anterior, acompanhando os cortes da Petrobras nas refinarias e interrompendo série de altas.

Os valores dos combustíveis para o consumidor final têm sido uma preocupação do presidente Jair Bolsonaro, que sofre pressão de caminhoneiros, um importante grupo de seu eleitorado.

Nesta semana, o presidente chegou a cobrar em sua conta no Twitter um recuo de preços nos postos, após os cortes anunciados pela Petrobras.

Em declarações recentes, Bolsonaro também tem proposto alterar a cobrança de ICMS sobre os combustíveis, um tributo estadual, para reduzir custos.

Mais cedo na quarta-feira, Bolsonaro disse que estaria preparado para zerar impostos federais sobre combustíveis se governadores também zerarem o ICMS. O “desafio” foi lançado após questionamentos de jornalistas sobre declarações de governadores, que afirmaram que a maior parte dos impostos que sobre os combustíveis são federais.

A arrecadação do governo federal com PIS/Cofins e Cide sobre combustíveis chegou a 27,402 bilhões de reais em 2019, segundo dados da Receita Federal.

O montante é mais que o obtido pelo governo com o megaleilão de petróleo da cessão onerosa, em 2019, que rendeu 23,8 bilhões de reais aos cofres federais após descontado o pagamento feito à Petrobras e a repartição de recursos com Estados e municípios.
Agência Reuters




 
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