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Tecnologia de separação HISEP faz parte de solução para eliminar gargalos nos FPSOs do pré-sal

HISEP é uma patente da Petrobras para um sistema de separação do dióxido de carbono (CO2) presente em grandes quantidades em campos do pré-sal, como no caso de Mero, onde o teor do contaminante chega 38% dos fluidos produzidos.

Testes de separação do CO2 com o HISEP, feitos pela Petrobras, demostram que a tecnologia é capaz de reduzir consideravelmente a razão gás-óleo (RGO) dos fluidos produzidos no pré-sal. Os resultados são demonstrados no artigo HISEP: A Game Changer to Boost the Oil Production of High GOR and High CO2 Content Reservoirs, apresentado na OTC Brasil de 2019.

A tecnologia passou por simulações e testes com um protótipo instalado pelo centro de pesquisa da Petrobras (Cenpes), na Fábrica de Asfalto de Fortaleza, no Ceará, com resultados promissores. Os ensaios usaram um óleo recombinado, com características do fluido produzido no campo de Mero. A separação com o HISEP resultou em um óleo recuperado com RGO até 70% menor.

“A RGO do óleo recuperado cai acentuadamente para um valor em torno de 120-130 Sm³/Sm³ [metro cúbico padrão de gás/metro cúbico padrão de óleo], considerando que a RGO do óleo recombinado de entrada é de 420 Sm³/Sm³”, informa o artigo.

Isso é importante porque os equipamentos necessários para tratar o gás associado, produzido junto com o óleo, são de grande porte, ocupando boa parte da capacidade física das plataformas. A possibilidade de separar uma fase rica em CO2 com equipamentos submarinos libera espaço nos FPSOs para elevar o processamento de óleo.

“Portanto, devido a essa redução da RGO e considerando aplicações submarinas da tecnologia HISEP, o fluxo de óleo recuperado e bombeado para o topside dos FPSOs será menos gasosos e, assim, exigirá uma planta de processamento de gás menor e mais simples”, conclui o artigo.

Nesse modelo, o CO2 separado no leito marinho é reinjetado no reservatório, sem passar pelas plataformas. Essa injeção pode ser utilizada para manter a pressão dos reservatórios do pré-sal, funcionando como um mecanismo de recuperação secundária de óleo. O Cenpes também possui pesquisas sobre a injeção de CO2 na fase líquida.

O artigo sobre os resultados do HISPE é assinado por Fabio Menezes Passarelli e Denise Adelina Guimaraes Moura (Petrobras/Libra); e Antônio Marcos Fonseca Bidart, Juliana Pereira Silva, Alexandre Jaime Mello Vieira e Luis Felipe Alves Frutuoso (Petrobras/Cenpes).
EP BR




 
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