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Galp planeja investir € 1 bilhão no pré-sal até 2020

Uma das quatro maiores produtoras de petróleo do país, a portuguesa Galp prevê investimentos da ordem de € 1 bilhão (R$ 4 bilhões) no pré-sal brasileiro até 2020. O presidente global da companhia, Carlos Gomes da Silva, disse anteontem que o Brasil continuará sendo peça-chave dentro do plano de crescimento da petroleira e que a empresa mira novas oportunidades nos leilões de blocos exploratórios deste ano.

O plano de negócios da companhia, sócia minoritária da Petrobras em Lula, o maior campo em produção no país, prevê investimentos globais de € 3 bilhões até 2020. A expectativa é que 70% desse valor (€ 2,1 bilhões) seja destinado ao setor de exploração e produção de óleo e gás e que o Brasil, principal fonte de produção da companhia no mundo, concentre metade do orçamento para E&P.

O Brasil responde, atualmente, por mais de 90% do volume produzido pela empresa no mundo. A Galp detém, por meio da Petrogal, uma sociedade com a chinesa Sinopec (30%), uma fatia de 10% nas concessões BM-S-11 (Lula e Iracema) e BM-S-11A (Berbigão, Sururu e Atapu), operadas pela Petrobras.

A portuguesa produz cerca de 100 mil barris diários de óleo equivalente (BOE/dia) e prevê aumentar em 50% esse volume até 2020, para 150 mil BOE/dia. Para este ano, a meta é crescer entre 15% e 20%, com destaque para a entrada em operação de duas novas plataformas (Lula Norte e Lula Extremo Sul).

Para Gomes da Silva, 2018 será um "ano crucial" para novas aquisições no Brasil. Ele disse que a Galp pretende conciliar o crescimento orgânico com aquisições, mas destacou que a empresa não está "desesperada" para comprar novos ativos.

"2018 é um ano crucial, assim como 2019, no que diz respeito ao Brasil... O Brasil está cheio de oportunidades de crescimento inorgânico", disse o executivo, em encontro com investidores em Londres, na Inglaterra, ao se refererir ao calendário de leilões deste ano.

Ele citou as oportunidades oferecidas na 15ª Rodada de concessões, de março, e a 4ª Rodada de partilha do pré-sal, em junho, além do desejo do governo de realizar o leilão dos excedentes da cessão onerosa ainda este ano.

"O Brasil é uma das regiões que pode nos trazer alguma novidade [em termos de aquisições]", disse. "Mas não estamos desesperados, ansiosos para trazer mais projetos para nosso portfólio. É mais importante para nós conseguirmos tirar mas barris, mais valor, do portfólio atual, do que nos expormos em projetos inorgânicos. Temos que combinar os dois. E vamos fazer isso", afirmou.

Segundo o executivo, o consórcio que opera Lula - Petrobras (65%), Shell (25%) e Petrogal (10%) - está "perto de completar" a primeira fase de produção do projeto, mas o plano, a partir de agora, é aumentar a recuperação de óleo do campo. A Galp vê espaço para que o fator de recuperação - que mede quanto é possível extrair do reservatório - possa ser elevado dos atuais 31% para 40% no campo de Lula.

Já para o longo prazo, a Galp deposita muitas expectativas em torno do projeto de Carcará. A empresa adquiriu, na 2ª rodada de partilha, no ano passado, 20% de Carcará Norte. Essa área é adjacente à descoberta na concessão BM-S-8, onde a empresa terá 17%, após fechamento de um acordo societário com a ExxonMobil e a Statoil.

Carcará é, hoje, o ativo mais relevante da carteira de novos projetos com produção prevista para a próxima década, ao lado da produção de gás natural em Moçambique. A expectativa é que a partir deste ano os investimentos na avaliação da descoberta e no desenvolvimento da produção de Carcará sejam acelerados. O projeto está previsto para começar a produzir entre 2023 e 2024.
Valor Econômico




 
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