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Sete Brasil vai pedir mais tempo para venda de sondas

Os credores da Sete Brasil se reunirão no próximo dia 28/05 para deliberar sobre mudanças no plano de recuperação judicial da empresa de sondas. Segundo uma fonte, a proposta formal é prorrogar por mais 180 dias o prazo para conclusão da venda das quatro sondas previstas no plano, como forma de levantar recursos para abater parte da dívida de R$ 18 bilhões.

A Sete abriu negociação com a Magni Partners para tentar melhorar as condições da oferta pelas sondas Urca, Frade, Arpoador e Guarapari. As embarcações estão em construção nos estaleiros Brasfels, em Angra dos Reis (RJ), e Jurong, em Aracruz (ES). A proposta foi de US$ 250 milhões, menos da metade do que os US$ 554 milhões estipulados no edital.

Segundo a fonte, a expectativa é que essa renegociação possa ser concluída até setembro, o que exigiria uma extensão nos prazos formais da implementação do plano de recuperação judicial. O prazo original para conclusão da venda das sondas vence no fim deste mês. A assembleia geral para deliberar sobre a extensão dos prazos foi convocada pelo juiz Luiz Carvalho, da 3ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).

A Sete também recebeu uma proposta, de menor valor, do estaleiro Keppel Fels por apenas duas das quatro sondas à venda. O Valor apurou que a Sete e a consultoria Alvarez & Marsal (que assessora a empresa e sondas) são favoráveis ao fechamento do contrato com a Magni.

Considerando os valores apresentados, tanto pela Magni quanto pela Keppel, a expectativa é que, mesmo numa eventual renegociação das cifras, a Sete não consiga quitar nem 10% da dívida total, conforme previsto originalmente no plano de recuperação, aprovado em novembro do ano passado.

Com a proposta da Magni em mãos, os credores poderão aprovar ou reprovar a oferta. Se a opção for o veto ao negócio, os credores podem pedir a abertura de um novo leilão ou, no cenário mais extremo, solicitar a liquidação da Sete. Mesmo que a Sete consiga sacramentar a venda das sondas, o negócio dependerá ainda da Petrobras, que terá de aprovar a Etesco como operadora das unidades.

A Petrobras é a única cliente e também sócia da Sete. Depois de um longo processo de negociação, as duas partes fecharam, em março de 2018, um acordo para que a petroleira contratasse apenas quatro das 28 sondas que seriam originalmente afretadas. Pelo acordo, a Petrobras contratará as unidades pelo prazo de dez anos, a uma taxa de US$ 299 mil por dia.

A Sete Brasil entrou em recuperação judicial em abril de 2016 reconhecendo dívidas de R$ 18 bilhões. Entre os principais credores da companhia estão o Fundo Garantidor da Construção Naval (FGCN), administrado pela Caixa, Banco do Brasil, FI-FGTS, fundo Canvas, Santander e Bradesco.
Valor Econômico




 
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