Inauguração do Gasoduto Rio de Janeiro-Belo Horizonte II (Gasbel II)
Com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Petrobras realiza hoje, a cerimônia de inauguração do Gasoduto Rio de Janeiro-Belo Horizonte II (Gasbel II), empreendimento que eleva a 12,9 milhões de m³/dia a capacidade de transporte de gás natural para Minas Gerais.
Até dezembro do ano passado, Minas tinha apenas um gasoduto, o Gasbel I, que iniciou operação em 1994 com capacidade para transportar 3,15 milhões de m³/dia. A entrada em operação de dois novos gasodutos neste ano – o Paulínia-Jacutinga, em janeiro, e agora o Gasbel II – deixa o Estado em condições de receber quatro vezes mais o volume de gás natural dos últimos 16 anos. A rede de gasodutos que atende o Estado foi duplicada, passando de 357 km para 717 km de extensão.
Obra do PAC, o Gasbel II tem 267 km de extensão, 18 polegadas de diâmetro e capacidade para transportar 5 milhões de m³/dia. Com investimento de R$ 1,28 bilhão e geração de 21,9 mil empregos diretos e indiretos, o gasoduto, que liga Volta Redonda (RJ) a Queluzito (MG), incrementa a capacidade de transporte de gás natural para a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e para o Vale do Aço, regiões que concentram indústrias dos setores de mineração, siderurgia e celulose.
O Gasbel II garante, ainda, gás natural para o funcionamento simultâneo das usinas termelétricas Aureliano Chaves (226MW), localizada na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e Juiz de Fora (87 MW), que juntas demandam 1,5 milhão m³/dia de gás natural. Isso significa maior confiabilidade do sistema elétrico e mais segurança energética para o Estado, que tem importância estratégica na economia brasileira.
Além da linha tronco, a construção do Gasbel II contemplou a instalação de três serviços de compressão e de três pontos de entrega de gás natural. Os serviços de compressão da Estação de Tapinhoã (Estap) e da Estação de Mantiqueira (Esman) foram instalados, respectivamente, em Rio das Flores (RJ) e Santos Dumont (MG), em substituição aos serviços de compressão existentes no Gasbel I. Além disso, foi instalado neste gasoduto o Serviço de Compressão de Congonhas, no município de São Brás do Suaçuí (MG). Finalmente, foram instalados os pontos de entrega de Betim II, São Brás do Suaçuí II e Brumadinho, os três ao longo do traçado do gasoduto.
A expansão da rede de transporte em Minas Gerais é parte fundamental do projeto da Petrobras de promover o crescimento da indústria de gás natural do Brasil. Nos últimos sete anos, a rede de gasodutos do país foi ampliada e integrada, através do Gasene, gasoduto da integração Sudeste-Nordeste, inaugurado em março. Em dezembro de 2002, eram 5.607 km. Em dezembro deste ano, alcançará 9.626 km.
A ampliação na malha da região Sudeste permite que o gás natural a ser transportado pelo Gasbel II tenha várias fontes de suprimento. Da produção nacional, o gás natural para Minas Gerais pode ser advindo das bacias de Campos e do Espírito Santo, bem como da Bacia de Santos, quando da conclusão do gasoduto Caraguatatuba-Taubaté (Gastau).
Também poderá abastecer o mercado de Minas Gerais o gás natural importado da Bolívia, transportado pelo Gasbol, ou de outros países, por meio do Terminal de Regaseificação de GNL da Baía de Guanabara (RJ), inaugurado em março de 2009.