A Onip está concluindo um levantamento com cerca de 200 equipamentos importados demandados na construção de uma embarcação de apoio que podem ser desenvolvidos e fabricados no Brasil. Entre as oportunidades mapeadas estão guinchos de manuseio de carga e sistemas de posicionamento dinâmico; navegação, propulsão azimutal e propulsão diesel-elétrica.

O levantamento teve como base um trabalho de decomposição dos sistemas e subsistemas da embarcação, que totalizou aproximadamente 1.900 equipamentos. O trabalho será apresentado nos dias 21 e 22 de junho em um workshop tecnológico promovido pela entidade em Itajaí (SC).

O evento deverá contar com a participação de 90 fornecedores de navipeças, identificados pela ONIP como empresas que podem desenvolver as oportunidades no Brasil. Também participarão grandes contratantes da região, como a fabricante de equipamentos elétricos WEG e os estaleiros Itajaí, Detroit, Naviship e Keppel Singmarine.

O encontro tem como objetivo fomentar a formação de projetos com a participação de fornecedores e empresas contratantes para nacionalizar os equipamentos. Os projetos poderão contar com o apoio de instituições, como o IPT (SP), a classificadora naval RBN e a Finep, que são parceiras da Onip na organização do evento.

Este será o terceiro tema abordado pela Onip através de workshops tecnológicos voltados para a nacionalização de equipamentos demandados pela indústria do petróleo. Nas edições anteriores foram discutidas oportunidades nas áreas de navipeças para navios petroleiros e sistemas de automação para FPSOs. Os encontros fazem parte do programa Plataformas Tecnológicas (Platec), iniciado em 2010.

A demanda por embarcações de apoio no Brasil já totaliza mais de 230 unidades até 2017, considerando apenas as projeções da Petrobras. No cenário até 2020, o total poderá alcançar 500 unidades.