O Ibama rejeitou o EIA/Rima do estaleiro Eisa Alagoas, previsto para ser instalado em Coruripe (AL). Na decisão, comunicada no início da semana, o órgão ambiental argumenta que 55,4% da área escolhida para a construção do projeto é de proteção permanente. O Eisa Alagoas e o estaleiro Mauá, também pertencente ao grupo Synergy, são os responsáveis pela construção das cinco sondas encomendadas pela Petrobras à Ocean Rig.
Em abril deste ano, a estimativa da empresa era de começar o corte de aço do primeiro navio do estaleiro, em agosto de 2013. O investimento previsto para a planta alagoana é de R$ 1,5 bilhão.
O último EIA/Rima rejeitado pelo Ibama foi o segundo estudo apresentado pelo Eisa no processo de licenciamento ambiental, que se arrasta desde setembro de 2009. O processo foi iniciado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Alagoas. Contudo, foi posteriormente invalidado por decisão judicial, em junho de 2011, quando o Ibama assumiu a responsabilidade pela licença ambiental do empreendimento.
Além da APP, o Ibama argumentou que construir um estaleiro no Pontal de Coruripe comprometeria o ecossistema da área, pois há manguezais em bom estado de conservação no local. O órgão ambiental, no entanto, admite que o relatório poderia ter sido aprovado, caso não houvesse alternativas. A inviabilidade do empreendimento deve-se, ainda, à falta de estudos sobre outras áreas nas quais seria possível construir o estaleiro, acrescentou o Ibama.